Um estudo da autoria da professora e investigadores do IHMT Olga Matos, Ana Luísa Tomás e Fernando Cardoso, respetivamente, e do investigador da NOVA Medical School, Francisco Esteves, permitiu desenvolver um método inovador para rastreio da pneumonia por Pneumocystis jirovecii (PPc), responsável por elevada morbilidade e mortalidade entre doentes com SIDA e um problema emergente nos imunodeficientes seronegativos para VIH.
O trabalho de investigação, agora publicado na Scientic Reports, apresenta um novo método que diminui a necessidade de espécimes biológicos obtidos por técnicas invasivas e que permite o “diagnóstico da doença através da utilização de sangue, um produto biológico de obtenção pouco onerosa e minimamente invasiva”, explica Olga Matos. De acordo com a professora, o novo método “permitiu produzir um antigénio sintético recombinante, específico para P. jirovecii, capaz de funcionar como um biosensor de PPc, quando aplicado num teste ELISA, para a deteção de anticorpos IgM anti-P. jirovecii, e quando associado ao diagnóstico clínico dos doentes”. O trabalho de investigação, que já deu origem a um pedido provisório de patente, vem possibilitar uma melhoria na gestão clínica da pneumocistose.
O artigo científico pode ser consultado aqui.