No ano de 2020 a presença do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA), nos jornais, rádio, televisão e meios online mais do que duplicou em relação à média dos outros anos, atingindo um recorde de mais de 1100 intervenções dos nossos especialistas na imprensa nacional e internacional.
Durante todos os meses do ano, médicos, professores e investigadores ligados ao IHMT-NOVA participaram ativamente no debate público para ajudar a opinião pública a ficar mais esclarecida sobre a COVID-19.
JANEIRO: À Espera do vírus
Em janeiro, no início da propagação da nova estirpe de coronavírus, quando a China registava 17 mortes e aparecia o primeiro caso nos Estados Unidos e em Macau, os professores do IHMT-NOVA Celso Cunha e Jaime Nina comentaram o cenário mundial na rádio, televisão (SIC Notícias e RTP Notícias) e nos meios online.
Desde logo, Celso Cunha sublinhou quais as precauções a ser tomadas pela população para evitar o SARS-Cov-2. No jornal Expresso alertava para uma realidade que ainda parecia distante, mas que se veio a concretizar: “as doenças longínquas chegam cá, como as nossas chegam a outros sítios”. O virologista foi também entrevistado pela revista Sábado para um artigo de fundo, publicado a 30 de janeiro na edição em papel e intitulado “À espera do vírus”.
Na Antena 1, o infeciologista Jaime Nina explicava, os contornos do novo coronavírus realçando também que era expetável que o número de casos continuasse a subir e a atingir cada vez mais países. “Esta epidemia pode manter-se por vários meses”, alertava.
O professor Celso Cunha respondia ainda em janeiro à pergunta do Expresso: “Afinal do que falamos quando falamos de vírus?”. No programa da RTP 2 Sociedade Civil, ajudou também a clarificar os contornos do SARS-Cov-2.
A presença dos especialistas do IHMT chegava também aos meios de comunicação internacionais com o médico Jaime Nina a explicar no Jornal de Angola o porquê da terceira emergência de um vírus com origem asiática no espaço de um século.
Esta foi uma das primeiras intervenções internacionais, mas muitas outras se seguiram, não só na televisões, rádios e jornais dos países africanos de expressão portuguesa, mas também na Europa em meios de comunicação como a Reuters, El Pais, Politico, Express UK, The Guardian, The Telegraph, entre outros.
FEVEREIRO: Especialistas do IHMT-NOVA alertam para possibilidade de pandemia mundial
Em fevereiro, o professor do IHMT-NOVA Jaime Nina fazia declarações a jornais de referência: no Diário de Notícias alertava para a possibilidade de uma pandemia mundial e no Público para a epidemia da desinformação. No início de março, explicava na TSF e no Jornal de Notícias que o vírus só começa a contagiar horas antes de haver sintomas.
Os professores do IHMT, Cláudia Conceição, Jaime Nina e Luís Varandas, foram três dos especialistas convidados a responder à questão sobre se há alarmismo no surto de coronavírus, num artigo publicado no Observador a 11 de março. Neste mesmo dia, a COVID-19 foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde.
MARÇO: IHMT-NOVA diariamente na TSF
No dia 16 de março, iniciou-se na rádio TSF o programa Perguntas com Respostas. Foram emissões consecutivas até 30 de abril em que, de segunda a sexta-feira, os especialistas do IHMT-NOVA, Cláudia Conceição e Celso Cunha, responderam às dúvidas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Consulte o historial das emissões.
Também nesta rádio informativa a médica e professora Cláudia Conceição, foi convidada do programa “Um dia de cada vez!” para falar das mudanças que a COVID-19 trouxe ao seu dia a dia.
No dia 26 de março, o jornal Público publicava a notícia “Cientistas portugueses juntam-se para aumentar o número de testes diários”, sublinhando que o IHMT-NOVA é uma das várias instituições científicas portuguesas que se uniram aos cuidados de saúde na realização de testes de diagnóstico de Covid-19.
ABRIL: “Espero que aprendamos estas lições. Outras virão”
No início de abril, o virologista Ricardo Parreira participou no programa Convidado Extra, da rádio Observador, numa conversa sobre os avanços e recuos da pandemia, cá e no mundo, em que se falava dos tratamentos, máscaras, lições, dos mitos e futuro. “Espero que aprendamos estas lições. Outras virão”, alertou.
No mesmo mês, o diretor do IHMT-NOVA Filomeno Fortes esteve, em destaque, numa entrevista publicada pela Forbes Portugal intitulada a “Epidemia do medo”. O médico e professor Filomeno Fortes considerou também no programa Conversas ao Sul, da RTP África, que a pandemia pelo coronavírus podia ter sido prevista.
“Máscara sempre” foi o conselho de Jaime Nina. Em entrevista ao programa Viva Saúde da RTP África, o infeciologista do IHMT-NOVA clarificou vários aspetos sobre a infeção pelo novo coronavírus, sublinhando a importância das medidas de contenção da disseminação do vírus.
Ainda em abril o professor Celso Cunha fez um balanço no jornal eletrónico Observador: “O que a ciência já descobriu sobre a Covid-19. E o que, afinal, estava errado”.
O professor de Saúde Internacional Tiago Correia considerou na TVI 24 que “o pior seria acontecer em maio tudo o que evitámos até agora”, enquanto a investigadora do IHMT-NOVA Ana Abecassis disse na SIC Notícias que “o regresso à normalidade não pode ser feito da mesma forma em todas as regiões”.
MAIO: Centro de informação 360 e Webinares COVID-19 nas notícias
No mês de maio o diretor do instituto Filomeno Fortes alertou para o surgimento de doenças respiratórias em plena época pandémica na região sul de Angola e na província de Huíla em particular, e explicou as principais preocupações no que respeita à disseminação da Covid-19 na região no Novo Jornal Angola, no VOA e no Maka Angola.
Nesta altura era também noticiado o novo centro de informação científica em língua portuguesa dedicado à COVID-19, lançado pelo IHMT-NOVA, em parceria com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. A designada plataforma COVID-360 foi amplamente divulgada pela Agência Lusa, Sapo, TVI24, Jornal Médico, Notícias ao Minuto, Saúde Mais, MNS Notícias e Ver Angola.
A série de Webinares do IHMT-NOVA e Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), para promover a troca de ideias e saberes sobre o vírus que mudou o mundo, lançada em maio foi também noticiada em publicações especializadas e para o público em geral, com destaque para a entrevista no programa da RTP Repórter África (minuto 11:19) com a subdiretora do instituto Filomena Pereira e o secretário-geral da APAH Miguel Lopes.
Ainda com os olhos colocados em África, a professora e médica Cláudia Conceição sublinhava a 15 de maio, no Expresso: “Covid-19. Há um continente onde 258 milhões de pessoas não têm água ou sabão para lavar as mãos”. Já o diretor do IHMT-NOVA Filomeno Fortes alertava na Agência Lusa para o “grande risco” de aumento de mortes por outras doenças em África.
Neste mês foi publicado um estudo que avaliou os efeitos da infeção por covid-19 durante a gravidez e prognóstico neonatal. Em declarações à Agência Lusa, a investigadora e professora de Saúde Pública Inês Fronteira explicou as conclusões da análise. A entrevista foi publicada em vários meios de comunicação social como a TSF, TVI24, SIC Notícias, Observador, entre outros.
Nesta época, o professor do IHMT-NOVA Tiago Correia alertava na TVI para a necessidade de ter cautela. “As pessoas não podem esquecer que ainda estamos em contexto de pandemia”, realçou.
JUNHO: Doação de mil testes à província de Huíla amplamente noticiada
No mês de junho foi notícia a doação de mil testes de diagnóstico de COVID-19 pelo IHMT-NOVA à província angolana Huíla. A informação foi publicada pela televisão angolana TPA e pela agência de notícias Lusa, com destaque em meios de comunicação como a RTP Notícias, Sapo 24, Porto Canal Sapo, TVI 24, Sábado, Destak, Saúde Mais, Angop, All Africa e Jornal de Angola.
Para além desta contribuição para combater a COVID-19 em África, os especialistas do IHMT-NOVA continuavam a participar no esclarecimento da opinião pública, com o virologista Celso Cunha a elucidar o público sobre questões como os riscos da transmissão do vírus pelo ar (Jornal 2 da RTP, Expresso, Observador) ou a utilização de transportes públicos (TVI).
JULHO: Especialistas alertam para possibilidade de segunda vaga
No mês de julho, Tiago Correia comentou na SIC Notícias a possibilidade de agravamento da epidemia em outubro e foi o convidado do jornalista Vítor Gonçalves na Grande Entrevista, da RTP. Também Celso Cunha comentou a possibilidade de uma segunda vaga de Covid-19 em Portugal na rádio Observador (minuto 00:19:24).
Em entrevista à Agência Lusa (publicada pelo Público, Diário de Notícias, Sapo24, Sapo Lifestyle, Saúde Mais, Notícias de Coimbra, entre outros), no dia 21 de julho, a subdiretora do IHMT-NOVA Filomena Pereira lembrou que “não podemos acabar com todos os afetos por causa de uma infeção”, mas sublinhou que em tempo de férias o cuidado nas deslocações é um dever cívico. Numa outra entrevista, também à Lusa, o médico e professor do IHMT-NOVA Jorge Seixas defendeu a necessidade de sensibilização dos emigrantes para riscos do reencontro. A notícia foi publicada por diversos meios de comunicação, nomeadamente JM Madeira, Saúde Mais, Notícias de Coimbra, Sapo24, Lifestyle sapo, Mundo Lusíada, Luso Jornal, O Interior e TVI24.
Mesmo no final de julho era notícia o projeto PrimaryCare@COVID-19, coordenado pelo professor Luís Lapão, que lançou uma plataforma digital ao nível dos cuidados de saúde primários para apoiar e monitorizar doentes crónicos, uma necessidade ainda mais premente durante a pandemia de COVID-19. A notícia foi divulgada no Atlas da Saúde e Índice.
AGOSTO e a vacina russa
Em agosto, o tema das vacinas esteve na agenda mediática. O virologista Celso Cunha, em declarações à TSF, comentou o projeto de uma vacina russa. “O bom senso irá prevalecer. Quando houver vacina, vai ser distribuída de acordo com as necessidades”, disse também em entrevista na rádio Observador. Já o infeciologista Jaime Nina em entrevista à RFI recordou que a Rússia tem “uma enorme tradição na produção de vacinas” e que “oficializar a vacina foi uma decisão política”.
SETEMBRO: COVID-19 e as desigualdades sociais
E chegava o mês de setembro. A professora catedrática do IHMT-NOVA, Maria do Rosário de Oliveira Martins, foi entrevistada pela jornalista Filomena Naves, do Diário de Notícias, no âmbito do estudo “Resposta à pandemia de Covid-19 num contexto de desigualdades sociais em saúde: um estudo transversal na população nativa e imigrante da Amadora”.
O professor Tiago Correia continuou a marcar presença na televisão e na TVI24 alertou: “O nosso sucesso em março foi a antecipação. Podemos estar a perder janelas de oportunidade”. Presença assídua nos noticiários televisivos é também o virologista Celso Cunha que alertou na SIC Notícias que “a solução para a pandemia só vem com uma vacina”.
OUTUBRO: “Se nada se fizer, as pandemias vão ser mais frequentes e severas”
Em outubro, os especialistas do IHMT-NOVA comentavam o estado de saúde de Trump hospitalizado com COVID-19 e a infeção por SAR-Cov-2 de Ronaldo no Observador, JN, TVI, Expresso, SIC Notícias, TSF, entre outros.
Neste mês, Tiago Correia identificava as causas do aumento exponencial de casos no programa Segunda Vaga, da TVI. Na SIC Notícias lembrava que estamos perante a chamada “fadiga pandémica” e na revista Ensino Magazine o professor de Saúde Pública avisava: “Se nada se fizer, as pandemias vão ser mais frequentes e severas”.
Celso Cunha, virologista do IHMT-NOVA, afirmava na Rádio Observador que não faz sentido proibir cidadãos de circular à noite se a fiscalização diurna não aumentar. “Não há evidência de que é à noite que há mais contágio”. No JN, Jaime Nina explicava que alta ao fim de dez dias ou 14 dias em isolamento “são coisas diferentes”.
NOVEMBRO: Especialistas do IHMT-NOVA analisam Segunda Vaga
No mês de novembro os especialistas do IHMT-NOVA foram intervenientes assíduos numa colaboração com o programa Segunda Vaga, da TVI. O virologista Celso Cunha explicava que o SARS-COV-2 é um vírus agressivo, mas não como o que causou a epidemia em 2003, a professora de Saúde Pública Inês Fronteira alertava que o excesso de mortalidade não acontece só em Portugal, o médico e professor Reynaldo Dietze falava de vacinas e Tiago Correia voltava a participar no programa Segunda Vaga para defender que “a pandemia está descontrolada e a vacina não pode ser a bala de prata”.
O mesmo professor advertia na SIC Notícias que a “pressão no SNS, nos cuidados intensivos e nos profissionais de saúde vai arrastar-se por muito tempo”.
DEZEMBRO e a preocupação com o Natal
As incógnitas sobre o coronavírus SARS-CoV-2 continuam no mês de dezembro. Mas o que já sabemos mesmo? O jornal Público fez o ponto da situação desde os efeitos do vírus no corpo humano até ao impacto das suas mutações. Um dos especialistas ouvidos foi o virologista do IHMT-NOVA Celso Cunha.
Os especialistas estavam também preocupados com os encontros familiares no Natal e os efeitos na pandemia. Tiago Correia foi um dos convidados de um debate especial na TVI 24 sobre o tema, enquanto Celso Cunha deixava alguns conselhos no jornal Público para minimizar a situação como arejar os espaços ou não partilhar objetos.
Na TSF, Celso Cunha assegurava que a nova variante do vírus encontrada em Inglaterra não é motivo para alarme. Na mesma rádio, Jaime Nina não tinha dúvidas em afirmar: “É preciso vacinar 70% dos portugueses para acabar com pandemia”.
Para combater a desinformação e as fake news as participações dos especialistas do IHMT no Polígrafo ou no Fact Check do Observador para apurar a verdade ou mentira da circulação de determinadas informações foram igualmente muitas e variadas.
Para além da pandemia, também outros temas no âmbito da saúde global e doenças tropicais contaram com a intervenção dos especialistas do IHMT-NOVA. O médico e professor Jorge Seixas esclareceu sobre Doença de Chagas na TSF, a Doença do Sono no programa Viva Saúde da RTP África ou as epidemias silenciosas no jornal Sol num artigo em que participou também a professora Ana Abecasis.
No programa Causa e Efeito, também da RTP África, a subdiretora Filomena Pereira esclareceu sobre a erradicação da poliomielite no continente africano e o professor Jaime Nina sobre a erradicação da varíola. A notícia que as crianças imigrantes em Portugal têm risco acrescido de problemas de saúde mental com base num estudo, coordenado pela investigadora Maria do Rosário Oliveira Martins, coordenadora do Doutoramento em Saúde Internacional e líder do Grupo de Investigação “Population Health, Policies and Services” do IHMT-NOVA foi avançada pela Agência Lusa foi divulgada em vários meios de comunicação como a Visão, Sapo24, Porto Canal, Observador e Sábado.