Data: 1956
Dimensões: A. 100cm X C 63cm X L (área convexa do pano) 50cm
Inventário Museu: IHMT.0000417
A “peça do mês” é uma armadilha de Morris tal como o Prof. Fraga de Azevedo a descreveu no artigo dedicado à Missão do Instituto de Medicina Tropical, de 1956: – Azevedo, J. Fraga de, et. al. – O Reaparecimento da Glossina Palpalis Palpalis na Ilha do Príncipe; Estudos, Ensaios e Documentos, n°89; Junta de Investigação do Ultramar, Lisboa, 1961.
Entre Maio e Agosto de 1956, o Instituto de Medicina Tropical realizou uma Missão de Estudo à Ilha do Príncipe, depois de alertado para o reaparecimento da mosca tsé-tsé (glossina palpalis palpalis) naquela Ilha. A mosca tinha sido erradicada da Ilha havia mais de 40 anos, pela meritória campanha dirigida por Bruto da Costa entre 1911 e 1914, na sequência do flagelo da doença do sono que, no fim do séc. XIX e primeiros anos do Séc. XX, reduzira a população do Príncipe a 1/10.
Nos objetivos da Missão de 1956 havia que, entre outros estudos, determinar a distribuição e densidade de glossinas nas diversas áreas da ilha, bem como pesquisar a existência do parasita da doença do sono (tripanosoma) na população, nos animais e na mosca vetora.
Para a captura das moscas ensaiaram-se diversos métodos, como o método de Maldonado e as armadilhas de Harris e de Morris. Após um estudo comparativo foi a armadilha de Morris que mostrou ser o método mais eficaz, sendo então fabricadas na ilha do Príncipe, mais de um milhar dessas armadilhas.