Em menos de um ano, a comunidade científica conseguiu desenvolver vacinas que revelaram um elevado grau de eficácia contra a Covid-19. A rapidez do processo – que, numa situação normal, pode demorar mais de 10 anos – suscitou alívio mas, ao mesmo tempo, alguma apreensão junto da população sobre a segurança das mesmas. No entanto, é importante sublinhar que, apesar de as vacinas terem sido desenvolvidas em tempo recorde, nenhuma das etapas do processo normal de criação de uma vacina foi eliminada ou reduzida: as vacinas Covid-19 são consideradas seguras, de acordo com os vários parâmetros existentes.
Na verdade, para receberem a validação da Organização Mundial de Saúde, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) e dos reguladores nacionais, as vacinas Covid-19 tiveram de passar por rigorosos testes em todas as fases previstas de ensaios clínicos, com o objetivo de garantir que cumprem com os elevados padrões de segurança, qualidade e eficácia.
Nos ensaios participaram dezenas de milhares de voluntários que foram vacinados. Estas pessoas foram rigorosamente monitorizadas ao longo do tempo, não só para avaliar a eficácia da vacina, mas também para detetar possíveis reações adversas após a sua toma. Conforme sublinha a Direção-Geral da Saúde, durante este processo não foi observada “uma frequência ou gravidade destes efeitos que coloque em causa a segurança das vacinas”.