O cientista cabo-verdiano Jailson Brito Querido, estudante de Doutoramento em Ciências Biomédicas no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (2013-2015), está a trabalhar com o Nobel da Química e recentemente descobriu uma questão fundamental da vida procurada há décadas que poderá ajudar na cura de doenças como o cancro.
Com apenas 36 anos, o cientista integra a equipa que conduziu uma investigação no MRC Laboratory of Molecular Biology, liderada por Venki Ramakrishnan, galardoado com o Prémio Nobel da Química em 2009, que conseguiu recorrendo às técnicas da engenharia genética e bioquímica,“reconstituir o momento em que se dá o início da descodificação da informação genética em humanos”. Um trabalho que já foi reconhecido com a publicação de um artigo na revista Science.
“A informação genética que herdamos dos nossos pais está codificada nos nossos genes. Por isso, para que se defina a cor da nossa pele ou do nosso cabelo, se vamos herdar alguma doença dos nossos pais, ou seja, para que se defina absolutamente tudo sobre nós, as informações codificadas nos nossos genes têm de ser descodificadas [traduzidas] pelos nossos ribossomas [‘fábricas de proteínas’ dentro das células]”, explicou em declarações à agência Lusa.
Jailson Brito Querido salienta que “a descodificação da informação genética, pelos ribossomas, é fundamental para a existência de vida tal como a conhecemos”. Por este motivo, acrescentou, “este processo tem uma enorme importância médica”.
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