As vacinas fazem parte da saúde global há tantas décadas que grande parte da população ignora quais os perigos das doenças infeciosas tradicionais, como a poliomielite ou a difteria. Consegue imaginar como seria viver sem vacinas?
Como seria o mundo sem vacinas? E como seria Portugal? O progresso trazido pelos Programas Nacionais de Vacinação leva a que muitos – sobretudo de gerações mais novas – não receiem doenças altamente contagiosas que ainda circulam em algumas regiões do planeta. E que tenham até dificuldade em conceber um mundo no qual as doenças infeciosas clássicas se destacavam como as principais causas de mortalidade e morbilidade. Essa era a realidade, incluindo em Portugal, até inícios do século XX, na qual sobreviver à infância e chegar à idade adulta já poderia ser considerado um feito.
Mais vulneráveis e com menos defesas contra as doenças infeciosas, os bebés e crianças eram particularmente afetados por estes problemas de saúde, antes da descoberta e distribuição generalizada das vacinas. Por isso, contrair várias destas doenças altamente contagiosas e, em certos casos, letais – como a varíola, poliomielite, difteria ou sarampo, entre muitas outras – era algo relativamente comum. Quem não sucumbisse à elevada mortalidade infantil, teria ainda pela frente outras doenças endémicas e epidemias importadas que circulavam frequentemente na população. Os sobreviventes poderiam permanecer com sequelas graves para toda a vida, como cegueira, surdez ou paralisia, dependendo da doença.
As vacinas possibilitaram que o contacto com as doenças infeciosas tradicionais deixasse de ser uma inevitabilidade. Mais do que raros, os casos da varíola já não existem (a doença foi declarada erradicada do mundo, desde 1980) e são várias as regiões do mundo, incluindo a Europa, que conseguiram eliminar uma outra doença grave: a poliomielite.
Imaginar um cenário em que as vacinas não tenham sido desenvolvidas – ou que, por algum motivo, deixassem de ser administradas de forma rotineira – é imaginar o reaparecimento de doenças que consideramos como algo do passado. Doenças que, em novos surtos epidémicos, se disseminariam rapidamente e exporiam a população – sobretudo infantil – a sintomas dolorosos, sequelas definitivas e até à morte.
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Como seria o mundo sem vacinas?