Celso Cunha, Diretor da Unidade de Microbiologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa, explicou no noticiário das 16:00 na RTP3 (22 janeiro) que o coronavírus pode ser confundido com facilidade com uma simples gripe e explicou quais as precauções a tomar para evitar o contágio.
O professor Celso Cunha sublinhou que é necessário não só precaver-se no que respeita ao contacto direto com pessoas infetadas, como também ter o cuidado de lavar as mãos se tocarmos em objetos que possam eventualmente estar contaminados.
Nas regiões onde se registam casos de coronavírus, como por exemplo China, Tailândia e Singapura, é necessário evitar comer alimentos crus ou comida vendida em bancas de rua. É igualmente muito importante beber-se apenas água que esteja comprovadamente desinfetada.
Tal como acontece com outras doenças, os grupos de risco no caso deste novo vírus são as crianças e os idosos, assim como todas as pessoas que tenham o sistema imunitário mais debilitado. O Diretor da Unidade de Microbiologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical acredita que o número de pessoas infetadas com coronavírus vai aumentar “muito mais”, em especial na China. Confira aqui a entrevista completa.
Celso Cunha explicou ainda no telejornal das 20:00, na RTP, como é realizado o contágio entre seres humanos: “Quando se transmite de pessoa para pessoa é feito ou por via aérea, tosse e espirros por exemplo, por contacto com as mãos ou por contacto com superfícies que estejam contaminadas com o vírus”.
Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” surgiram em dezembro passado na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei. Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e podem ser letais, incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.