Um estudo colaborativo, publicado na revista científica Frontiers in Microbiology, que junta o IHMT (Alexandra Simões, Isabel Couto, Miguel Viveiros e Luís V. Lapão), a Faculdade de Ciências Médicas e o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, aborda o papel e a importância do Laboratório de Microbiologia na prevenção e controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) e em Programas de Gestão de Utilização de Antibióticos e como pode ser potenciado com a utilização de sistemas de informação.
Os autores procedem ainda a uma revisão crítica dos desafios que o Laboratório de Microbiologia enfrenta, incluindo a seleção de métodos analíticos e o uso adequado de canais de comunicação com os outros serviços de saúde.
Refira-se que, na Europa, mais de 4 milhões de pessoas adquirem todos os anos uma infeção associada aos cuidados de saúde e quase 40 mil morrem como consequência direta dessa infeção. Apesar das várias estratégias de prevenção e controlo existentes, as infeções associadas aos cuidados de saúde continuam a ser uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível mundial, com um impacto económico significativo: 10 mil milhões de dólares/ano, segundo uma estimativa recente.
O controlo das IACS requer uma identificação imediata e eficiente do agente etiológico e a sua rápida comunicação ao médico. O Laboratório de Microbiologia tem, por isso, um papel fundamental na prevenção e controlo destas infeções, sendo um elemento-chave em qualquer Programa de Controlo da Infeção. O trabalho do laboratório inclui isolar e idetificar o agente microbiano, determinar padrões de suscetibilidade, vigilância epidemiológica e deteção de surtos, formação e comunicação de resultados fidedignos.
Este estudo foi desenvolvido na sequência do projeto do IHMT HAITool, financiado pelo Programa Iniciativas de Saúde Pública/EEA Grants, que visa reduzir as infeções nos hospitais, através da utilização de programa informático de apoio à gestão da infeção, que possibilita aos médicos a tomada de decisão informada sobre os antibióticos a administrar aos doentes internados.
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