Ano: 1958
Dimensões: A 100 cm X L 30 cm X F 33 cm
Museu (N.º Inventario): IHMT.0000984
No fim do séc. XIX e primeiras décadas do séc. XX tornaram-se mais evidentes os riscos de contágio e de contaminação que resultavam dos lixos e detritos hospitalares, um facto que as epidemias de tuberculose e de gripe, sobretudo a pneumónica, ainda mais evidenciaram. Era urgente solucionar o problema. Nesse contexto surgiram os primeiros incineradores que, destruindo os microrganismos com altas temperaturas, juntam as vantagens da proteção da saúde à redução do volume de resíduos e ainda a hipóteses de aproveitamento de energia térmica. Contudo, as cinzas residuais – escória – e os gases que se libertam na incineração eram altamente tóxicos o que levou posteriormente à conversão do processo inicial, por via da coincineração, de procedimentos de filtragens e de outros métodos complexos.
Incineradores a gás da marca Sugg, modelo 3700, fizeram parte do equipamento dos departamentos do Instituto de Medicina Tropical, quando da sua instalação no novo edifício da rua da Junqueira, em 1958. Destinavam-se à queima dos resíduos orgânicos dos laboratórios, reduzindo a contaminação e aproveitando o calor.
A Firma Sugg (William Sugg) foi fundada em 1837, em Westminster, acumulando experiências pioneiras da iluminação pública a gás (Pall Mall e Carlton House – 1807). Das suas fábricas saíram diversos equipamentos a gás para a iluminação pública e privada, mas também para o aquecimento de águas e das casas particulares, contribuindo significativamente para a diminuição do célebre “smog” londrino. Mais tarde a Sugg produziu igualmente incineradores em ferro fundido esmaltado, destinados a pequenas unidades industriais e de saúde.