A escala e impacto das vagas de migração dos profissionais de enfermagem, na Europa, é um desafio crescente para decisores e gestores, que precisam de dar resposta, em simultâneo, a interesses nacionais e às necessidades a nível Europeu – uma situação que levanta complexidade e alguma tensão.
Um estudo publicado na edição n.º 22 da revista científica Eurohealth, que conta, entre os autores, com a participação de Gilles Dussault, da Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística do IHMT, e de Claudia Leone, mestre em Saúde e Desenvolvimento no IHMT, analisa dados de dois estudos sobre migração para o Serviço Nacional de Saúde britânico com o objetivo de promover um debate mais informado sobre a crescente complexidade da migração na atual agenda europeia e as possíveis consequências na oferta de profissionais de enfermagem.
Os enfermeiros estão entre os elementos mais numerosos e móveis da força de trabalho em saúde e os desequilibrios entre a oferta e procura destes profissionais, na Europa, levantam novos desafios. Os autores do estudo intitulado “Nurse migration in the EU: a moving target” salientam que os países que acolhem trabalhadores estrangeiros têm que alcançar uma maior auto-suficiência, ao mesmo tempo que devem ajudar as organizações profissionais e contratantes a integrar de forma efetiva os migrantes na força de trabalho. Por seu turno, aqueles que estão a perder a sua força de trabalho para outros países necessitam de adotar medidas para evitar as saídas descontroladas e indesejáveis de trabalhadores.
Consulte aqui a edição n.º 22 da Eurohealth – The changing role of nursing