O subdiretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade NOVA de Lisboa, Miguel Viveiros, e a professora de Saúde Pública da mesma instituição, Inês Fronteira, foram entrevistados pelo jornal britânico The Telegraph sobre os motivos que levam a taxa de testes Covid-19 em Portugal a ser mais que o dobro do que em quase todos os outros países.
“Como é que Portugal lutou contra o coronavírus?” é a questão suscitada no início do artigo do The Telegraph, que salienta os resultados positivos de Portugal, em comparação com outros países, no que respeita à realização de testes de COVID-19 à população.
Entrevistado pelo jornal britânico, o subdiretor do IHMT NOVA e professor de microbiologia Miguel Viveiros sublinhou que como na maioria dos países os esforços iniciais de testes em Portugal começaram lentamente e com dificuldades de garantir kits num mercado global feroz.
“Não estávamos preparados para testar em quantidade e à velocidade de transmissão.” No início de março, Portugal estava a testar menos per capita que o Reino Unido e grande parte da Europa, mas depois ganhou terreno, sendo considerado um exemplo de sucesso na resposta à pandemia.
Para a professora de Saúde Pública do IHMT NOVA, Inês Fronteira, as notícias sobre a situação em Espanha e Itália motivaram os cidadãos portugueses a respeitar as restrições de distância social desde o início.