É comum ouvir-se, em relação a qualquer vacina, que uma eficácia completa é praticamente impossível. Mas por que motivo não são as vacinas 100% eficazes
Como se avalia a sua eficácia? O que a influencia? Como se pode ter certezas quando a resposta imunitária varia de pessoa para pessoa?
As vacinas têm, na sua maioria, elevados níveis de eficácia e também de efetividade, estabelecida a partir do impacto real na proteção da população. A vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech, a primeira autorizada na União Europeia, mostrou uma eficácia de 95% nos ensaios clínicos. A da Hepatite A ultrapassa os 95%, assim como a da poliomielite (depois de três doses). Duas doses da vacina contra o sarampo protegem cerca de 93% da população. Mas a vacina perfeita, 100% eficaz, simplesmente não existe – nem poderia, provavelmente, existir.
Vacinas 100% eficazes não são uma realidade porque a resposta imunitária gerada no organismo varia de pessoa para pessoa, sendo muito forte e duradoura nalguns casos e muito fraca noutros. As causas podem ser diversas e incluem, nomeadamente, fatores genéticos, presença de algumas patologias ou hábitos de vida, entre outros fatores.