Para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro realizou-se no Mindelo, Ilha de S. Vicente, no dia 4 de fevereiro de 2022 o lançamento oficial do projeto de registo de cancro de base populacional para Cabo-Verde. Uma iniciativa do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, representando pelo centro de investigação Global Health and Tropical Medicine, do Ministério da Saúde de Cabo Verde e da ONG americana «Vital Strategies», que o financia.
O ministro da Saúde cabo-verdiano, Arlindo do Rosário, presente na cerimónia, destacou a importância dos registos de casos de cancro no país, salientando que é muito importante ter uma noção “mais fidedigna” sobre a prevalência e incidência de novos casos no país. O governante salientou que são diagnosticados uma média de 600 novos casos por ano e morrem cerca de 400 pessoas de cancro em Cabo Verde, mas lembrou que as doenças oncológicas são um problema de saúde pública em todo o mundo. “Só para se ter uma ideia, no ano de 2020, foram detetados cerca de 19,3 milhões de novos casos de cancro. Em termos de mortalidade, anda à volta de 10 milhões”, realçou.
Para além do ministro cabo-verdiano e a responsável pelo projeto e coordenadora do Programa de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas de Cabo-Verde, Carla Barbosa, e dos parceiros técnicos de Portugal, professores Lúcio Lara Santos (IPO-Porto) e Maria do Rosario Oliveira Martins (IHMT-NOVA), estiveram também presentes no lançamento do novo projeto, entre outros, os diretores clínicos dos dois hospitais centrais de Cabo-Verde (Hospital Agostinho Neto e Hospital Baptista de Sousa), o Diretor Nacional de Saúde Publica, Jorge Barreto e a Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Mendonça.