O investigador e docente de Saúde Pública Internacional do IHMT NOVA, Luís Velez Lapão, esteve no programa Saúde em Dia, do canal Saúde+ para fazer o balanço dos 20 anos da telemedicina em Portugal.
Os primeiros passos foram dados nos anos 90, quando um grupo de profissionais portugueses começou a trabalhar nesta área. “São os pioneiros que ajudam Portugal a continuar na linha da frente da telemedicina no mundo”.
O primeiro serviço a desenvolver a telemedicina de forma continuada foi o de cardiologia pediátrica, no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. “É um caso único que mereceu a nossa avaliação científica, fizemos uma avaliação cuidada do que foi realizado durante estes 20 anos”, realça o professor Luís Lapão,
Os resultados deste estudo foram recentemente publicados num artigo na BMC Health Services Research, considerando-se que a telemedicina neste serviço corresponde à inovação, o que permite concluir que para existirem resultados “é preciso tempo, pessoas competentes, tecnologia e estarmos atentos às necessidades dos cidadãos”.
“São 20 anos continuados, 20 anos a crescer, 20 anos em que aumenta a colaboração com os países da CPLP”, acrescenta o professor, realçando os aspetos positivos de se ter efetuado a ligação com os países de expressão portuguesa. “De alguma maneira a telemedicina transformou a saúde em saúde global e hoje falamos de saúde digital, existe uma mudança do paradigma da saúde”, sublinha.
O professor de Saúde Internacional do IHMT considera que atualmente “os doentes podem entrar pela porta, mas também pelo ecrã” e que cada vez mais este é um cenário rotineiro. “O desafio da saúde digital é muito importante, temos muito para perceber, como é que podemos usar as tecnologias e como é que podemos ajudar os médicos, os enfermeiros, a usar as tecnologias para prestar melhores cuidados de saúde aos cidadãos”, alerta Luís Lapão.
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