A capacidade de contágio de um agente patogénico é uma importante característica na transmissão de doenças infecciosas. Face ao enorme esforço global que tem sido feito para limitar a propagação do novo coronavírus, o artigo publicado, a 22 de abril, pelo The Guardian explica como “mudanças subtis no comportamento social ou no nível de contagiosidade podem impedir a sua propagação”.
O R0, ou Número de Reprodução Básico, constitui uma medida-chave da capacidade de contágio e indica quantos novos casos são gerados por uma pessoa infectada. Por exemplo, para um R0 de três, é esperado que cada novo caso da doença produza três outras infecções.
Como explica o artigo, este número depende de vários factores, incluíndo a “taxa de contacto existente na população e a duração do período de infecção”, sendo por isso expectável que “uma cidade possa ter um R0 mais elevado, enquanto que outra cidade apresenta um R0 mais baixo”, assumindo que a população é susceptível à doença.
Estudos recentes que avaliaram o comportamento da Covid-19 na cidade de Wuhan, na China, estimaram que “o R0 varia entre 2,2 e 2,7, sendo igualmente possível valores de 1,5 e 3,8”.
De forma simples e dinâmica este artigo ilustra como se dissemina a Covid-19 e demontra como a mudança de comportamento social de apenas um indivíduo pode alterar o padrão de disseminação na população, atrasar o consumo de recursos de saúde e reduzir a fatalidade.
Pode ainda simular o padrão de disseminação de Covid-19 no modelo apresentado com base nos factores R0, percentagens de susceptibilidade da população, de fatalidade da doença e ainda percentagem de isolamento.
Leia aqui o artigo publicado dia 22 de abrir no The Guardian.