Data: c.1960
Dimensões: A.(com suporte de pedal) 66cm Recipiente A. 14cm /Diametro.25cm
Inventário Museu: IHMT.0000985
Embora haja referência a cuspideiras e escarradores, ou objectos equivalentes, desde meados do séc. XVI, foi sobretudo no século XIX que a utilização destes recipientes teve um grande incremento, seja pelo hábito de mascar tabaco, importado das Américas, seja depois, e sobretudo, como consequência da tuberculose.
Após a identificação do Mycobacterium Tuberculosis, por Robert Koch, em 1882, tornou-se evidente a necessidade de evitar e combater o contágio. (Até ao aparecimento de antibioterapia eficaz para a tuberculose ainda haveria que esperar meio século).
O hábito, então comum, de cuspir para o chão, foi reprimido e nalguns casos até legalmente proibido e com pesadas coimas para os transgressores. Ao mesmo tempo obrigavam-se os locais públicos a disporem de escarradores e, por vezes, estabeleceram-se normas para as suas características e desinfeção: deviam ser inquebráveis, com tampa, colocados de preferência a 1 metro do chão …
A meio do século XX estes recipientes caíram em desuso, embora nalguns países se mantivessem ainda nos anos de 1980.
O objeto deste mês evoca esse período da tuberculose. Embora seja hoje conhecido e utilizado como balde para salas de tratamentos e pensos é inequívoca a influência, nomeadamente na tampa interior em forma de funil, para delimitar a exposição do conteúdo e também no pé, que o eleva a cerca de um metro, para que seja mais cómodo e menor a contaminação do ar e da área circundante.