O seminário “Saúde para todos? Combater as desigualdades“, organizado pelos alunos do Curso de Especialização em Saúde Pública (CESP) do IHMT NOVA, pretende consciencializar para as desigualdades em saúde, em Portugal, de forma a influenciar a sua redução. Com este objetivo, numa reflexão conjunta, a iniciativa tem como objetivo analisar as causas e consequências das desigualdades, analisar a evidência existente, identificar intervenções com impacto, o que se faz e o que falta fazer em Portugal.
Desde a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as desigualdades em saúde oscilaram, sobretudo devido à transição epidemiológica, ao aumento das expectativas dos cidadãos e às novas tecnologias. As medidas de proteção da saúde mostraram ser efetivas, sendo o Programa Nacional de Vacinação o exemplo mais democrático e equitativo. No entanto, a evolução para uma maior expressão da carga por doenças não transmissíveis colocaram desafios de sustentabilidade financeira a todo o sistema, o que levou a uma maior procura da eficiência, garantido apenas o acesso aos serviços de saúde, com consequências negativas para os grupos socioeconómicos mais desfavorecidos. Nestes, a distribuição dos recursos, a sua utilização e, em última instância, os seus efeitos nem sempre ocorreram da forma mais justa. As desigualdades consideradas evitáveis traduzem-se, assim, numa necessidade de procura de cuidados de saúde que não é satisfeita por fatores sociais e económicos, sendo potenciais fontes de iniquidade em saúde.
No contexto atual, em Portugal, de baixo crescimento económico e enormes desafios demográficos, o seminário pretende consciencializar sobre as desigualdades em saúde e o que o sistema de saúde e, mais concretamente, o SNS, se encontra e pode fazer no sentido de as combater. Porque só conhecemos aquilo que medimos, a transformação de dados em informação permite dotar os decisores para uma tomada de decisão que leve em conta o efeito que terá na equidade do seu público-alvo. As intervenções levadas a cabo devem ser alicerçadas em evidência científica e nas boas práticas, e ter em conta o contexto social, político e económico no qual se encontra inserido.
Fique a conhecer os principais temas tratados nas mesas redondas e o guião do evento.
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A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição.