As leishmanioses são doenças causadas por parasitas protozoários do género Leishmania que afetam mamíferos, incluindo o ser humano. Os parasitas são transmitidos pela picada de pequenos insetos, os flebótomos.
Atualmente, encontram-se identificadas 21 espécies de Leishmania patogénicas para os seres humanos, que podem causar várias formas clínicas: a leishmaniose cutânea (LC), a forma mais comum; leishmaniose visceral (LV), também conhecida como kala-azar, a forma mais grave que pode levar à morte, se não tratada; e leishmaniose mucocutânea, a forma mais incapacitante.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as leishmanioses são endémicas em mais de 90 países, distribuídos por quatro continentes. Estima-se que cerca de um bilião de pessoas se encontre em risco de contrair a infeção, e que ocorram anualmente 30,000 novos casos de LV e mais de 1 milhão de novos casos de LC (OMS, 2022; https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/leishmaniasis).