O IHMT identificou uma prevalência de cerca de 37% de infeção por rotavírus em crianças, com menos de 5 anos, diagnosticadas com diarreia aguda em S. Tomé e Príncipe (STP), naquele que foi o primeiro estudo epidemiológico nesta área a ser conduzido naquele país. Segundo o estudo, desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde de STP e com o apoio do Instituto Marquês de Valle Flôr e da Fundação Calouste Gulbenkian, os genótipos G8P[6] e G2P[4] foram identificados como sendo os mais prevalentes.
Os resultados foram apresentados a 18 de março no Centro Nacional de Endemias (CNE) de STP pela principal autora do estudo, Claudia Istrate, e pelo subdiretor do IHMT, Henrique Silveira, numa sessão em que participou ainda o diretor do CNE Carlos de Almeida, o adido da embaixada de STP, António Machado, e representantes do ministério da saúde de STP.
Os rotavírus são a principal causa de gastroenterites agudas em crianças, sendo responsáveis por dois milhões de hospitalizações e por 453 mil mortes por ano em todo o mundo.
A genotipagem das amostras fecais positivas revelou que 36,9% das estirpes identificadas pertenciam ao tipo G8P[6], tornando-o o mais prevalente em 2011, enquanto 44,4% pertenciam ao G2P[4], o mais prevalente no ano 2012. O genótipo mais frequente a nível mundial (o G1P[8]) foi identificado em 4,3% das amostras.
O estudo evidenciou a necessidade de uma monitorização constante das estirpes em circulação no país, assim como a necessidade de introdução da vacina contra os rotavírus.
A investigação foi desenvolvida em todos os distritos da ilha de São Tomé, envolveu o Hospital Central Dr. Ayres de Menezes, os centros de saúde de Água Grande, Água Izé, Angolares, Guadalupe, Neves, Trindade e vários outros postos de saúde. O maior número de casos de rotaviroses foi detetado no Centro de Saúde de Angolares, no Distrito de Caué.
Consultar o estudo High rate of detection of G8P 6 rotavirus in children with acute gastroenteritis in Sao Tome and Principe