Olga Matos

Olga Matos licenciou-se em Medicina em 1980 pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa (UNL), Lisboa, Portugal. Em 1982-83, recebeu formação científica como investigadora convidada no Laboratory of Pathology do National Cancer Institute, National Institutes of Health, Bethesda, EUA. Em 1986-87, exerceu funções de médica, como voluntária, no Hospital Central de Maputo e no Dispensário das Nações Unidas em Maputo, Moçambique. Em 1993, fez as Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica e em 2000, obteve o grau de Doutor em Parasitologia Médica, pelo IHMT-NOVA, passando a exercer funções de Professora Auxiliar no IHMT-NOVA. Em 2004, obteve o título de Agregado e em 2005 obteve a nomeação definitiva e foi, ainda nesse ano, designada pelo Conselho Científico do IHMT-NOVA Diretora da Unidade de Ensino e Investigação de Protozoários Oportunistas e Outros Protozoários. Em 2007, foi nomeada Professora Associada e em 2023 foi nomeada Professora Catedrática.

Os seus interesses de investigação encontram-se nas áreas de Parasitologia e Microbiologia Médicas, Doenças Infeciosas, Medicina Tropical e Biologia Molecular. Tem participado em 23 projetos com financiamento competitivo, sendo investigadora principal em 20. Também, dirigiu 19 projetos com financiamento interno, e foi co-investigadora em 11, e integrou várias redes europeias para o estudo das parasitoses intestinais e pneumocistose.

Ela exerceu/exerce funções editoriais em 11 Revistas de Investigação e atua como revisora em mais de 80 Revistas Internacionais e Nacionais de Investigação. Ainda, tem feito parte de painéis de avaliação para Centros de Investigação, Bolsas de Pós-doutoramento e Doutoramento e de Projetos do German Ministry of Education and Research, do Ministry of Science, Technology & Space de Israel, Austrian Science Fund, NHLS Research Trust-South Africa, Mérieux Research Grants-France, AERES-França, Infect-ERA JTC-EU, EDCTP-EU, FCT-Portugal.

Olga Matos editou um livro, escreveu 19 capítulos de livros científicos e pedagógicos e 107 artigos de investigação em revistas internacionais e nacionais da especialidade revistas por pares, desenvolveu uma patente no. PT109078, tem 274 comunicações em reuniões/congressos de investigação internacionais e nacionais, 66 das quais por convite, tendo ainda recebido 11 prémios/bolsas.

Ela lecionou/leciona e coordenou/coordena Unidades Curriculares em vários cursos de pós-graduação (Mestrado e Doutoramento) do IHMT-NOVA, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, de outras Universidades Públicas e de outras instituições de Ensino Universitário. Foi nomeada Professora Associada Convidada da Universidade de Timisoara, Roménia no ano 2010-2011. Ainda, orientou/orienta atualmente 4 bolsas de pós-doutoramento, 7 teses de doutoramento, 31 de mestrado, e 16 de licenciatura e treinou-supervisionou 55 estágios de estudos avançados.

Ainda, dirige o Laboratório de Protozoários Oportunistas e Outros Protozoários, através do qual presta Serviços à Comunidade – técnicas especializadas de diagnóstico parasitológico, seroimunológico e molecular nas áreas das protozooses intestinais, tripanossomíases americana e africana, toxoplasmose e pneumocistose, solicitadas por vários hospitais da área metropolitana de Lisboa e de outras regiões do País e por médicos a título individual.

Investigadora responsável pela concepção, planeamento, coordenação e gestão de diversos projectos de investigação, nacionais e internacionais, integrando várias redes europeias de estudo das parasitoses intestinais e da pneumocistose. Tem desenvolvido estreita actividade de colaboração com investigadores portugueses, europeus, norte-americanos e brasileiros, e com vários hospitais portugueses e africanos (Cabo-Verde, S. Tomé e Principe e Angola). O seu grupo de investigação, composto por 1 investigador auxiliar, 1 Investigadora doutorada e 3 doutorandas tem vindo a desenvolver investigação em parasitas oportunistas e outros (Cryptosporidium spp., Microsporidia e Giardia sp., Toxoplasma gondii e Pneumocystis jirovecii), do ponto de vista da saúde humana e animal e da contaminação ambiental, nas áreas da resistência a fármacos e seus mecanismos, proteómica/patologia/imunologia, diagnóstico/epidemiologia/controlo e modelos experimentais. É autora de 10 capítulos de livros, 100 artigos publicados em revistas científicas internacionais e nacionais da especialidade.

A Dra. Matos orientou/orienta 4 bolsas de pós-doutoramento, 7 de doutoramento e 29 de mestrado, 16 de graduação e tem treinado, supervisionado e patrocinado inúmeros estagiários em desenvolvimento técnico e investigação. Foi / é investigadora principal / co-investigadora em vários projetos de investigação nacionais e internacionais e integrou / integra redes europeias para o estudo de parasitoses intestinais e pneumocistose.

Ainda, desenvolve actividades de Prestação de Serviços à Comunidade (24 exames de laboratório especializados no domínio das protozooses intestinais, tripanossomoses africana e americana, toxoplasmose e da pneumocistose).

1. TOMÁS, A. L., DE ALMEIDA, M. P., CARDOSO, F., PINTO, M., PEREIRA, E., FRANCO, R. & MATOS, O. (2019). Development of a gold nanoparticle-based lateral-flow immunoassay for Pneumocystis pneumonia serological diagnosis at point-of-care. Frontiers in Microbiology, 10:2917. https://doi.org/10.3389/fmicb.2019.02917
2. ALANIO A., GITS-MUSELLI M., GUIGUE N., DESNOS-OLLIVIER M., CALDERON E., CAVE D. D., DUPONT D., HAMPRECHT A., HAUSER P. M., HELWEG-LARSEN J., KICIA M., LAGROU K., LENGEROVA M., MATOS O., MELCHERS W., MORIO F., NEVEZ G., TOTET A., WHITE L. P., BRETAGNE S. (2017). Diversity of Pneumocystis jirovecii across Europe: a multicentre observational study. EBioMedicine, 22: 155-163. doi: 10.1016/j.ebiom.2017.06.027.
3. TOMÁS A. L., CARDOSO F., ESTEVES F. & MATOS O. (2016). Serological diagnosis of pneumocystosis: production of a synthetic recombinant antigen for immunodetection of Pneumocystis jirovecii. Scientif Reports, 6, 36287. doi: 10.1038/srep36287.
4. LOBO M. L., AUGUSTO J., ANTUNES F., CEITA J., XIAO L., CODICES V. & MATOS O. (2014). Cryptosporidium spp., Giardia duodenalis, Enterocytozoon bieneusi and other intestinal parasites in young children in Democratic Republic of São Tomé and Principe.
5. MATOS O., ALVES M., XIAO L. H., CAMA V. & ANTUNES F. (2004). Cryptosporidium felis and C. meleagridis in persons with HIV, Portugal. Emerging Infectious Diseases, 10: 2256-2257. DOI: 10.3201/eid1012.031068