A notícia pode ser consultada aqui
Numa entrevista à TSF, o Prof. Doutor Tiago Correia, da Unidade de Saúde Pública Global do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, explicou que a febre hemorrágica da Crimeia-Congo exige extrema precaução tanto na prevenção quanto no diagnóstico. Este alerta vem depois do caso identificado em Bragança, que resultou na morte de uma pessoa. Esta febre já tinha sido identificada noutros países do Sul da Europa, como Espanha.
De extrema gravidade e frequentemente fatal, obrigando muitas vezes a hospitalização, o Prof. Doutor Tiago Correia explicou que os sintomas incluem febre alta, vertigens, náuseas, vómitos, dores musculares, cefaleias e rigidez no pescoço. Os sintomas genéricos podem fazer com esta febre seja confundida com outras doenças, o que dificulta bastante o diagnóstico, sendo que em casos mais críticos, é possível causar hemorragias internas.
O Prof. Doutor Tiago Correia mencionou ainda que os dados disponíveis, embora não sejam totalmente conclusivos, apontam para uma taxa de mortalidade de 30% a 40%, afetando pessoas de todas as idades e condições de saúde, incluindo jovens adultos.
Para prevenir a infeção, o investigador recomendou seguir atentamente as diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS), incluindo o uso de roupas de cor clara, mangas e calças compridas, calçado fechado e repelentes, com especial cuidado em relação a picadas de carraças, especialmente em áreas rurais perto da fronteira espanhola. Mais ainda, sublinhou ainda a importância de reportar rapidamente qualquer sintoma, já que o período de incubação da doença pode ir até 13 dias, embora costume durar em torno de uma semana.
A entrevista para a rádio pode ser consultada aqui