Data: 1950
Dimensões: A. 18cm x diâmetro ântero-posterior 33cm x diâmetro transversal 20cm
InArte: IHMT.0000746
Capacete de formato ovóide com abas de sombreamento, utilizado nas campanhas em África por médicos e investigadores do Instituto de Medicina Tropical. A estrutura rígida destes capacetes – inicialmente em couro ou em cortiça, revestidos a tela – dá proteção a traumatismos cranianos e a ataques de animais. Simultaneamente protege do sol e calor, com os orifícios laterais e no topo que permitem a circulação de ar, tornando-o mais fresco. Uma rede fina, mosquiteira, era por vezes adaptada às abas do capacete protegendo das picadas de mosquitos, a face, a nuca e o pescoço.
No interior tem a etiqueta do fabricante: “Selecto”.
Este modelo de capacete, utilizado desde a segunda metade do século XIX, é também conhecido por capacete de explorador ou de safari. Hermenegildo Capelo (1841-1917), Alexandre Serpa Pinto (1846-1900) e Roberto Ivens (1850-1898) utilizaram capacetes semelhantes nas suas explorações através do continente africano, mas a difusão destes modelos de capacete foi maior durante as Grandes Guerras, particularmente na 2ª Grande Guerra, quando os regimentos militares de diversos países beligerantes o adoptaram como peça de fardamento.
Com origens mais remotas nos exércitos romanos, o “pickelhaube”, desenhado em 1842 por Frederico Guilherme IV, da Prússia, é considerado como o inspirador próximo dos capacetes coloniais. Da evolução surgiram também os actuais capacetes utilizados por bombeiros, para proteção no trabalho e por motociclistas.
(JLD)