“Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia da informação deram um novo impulso à pesquisa em telemedicina”, afirmou Luís Lapão a propósito do artigo intitulado “Harnessing Telemedicine for the Provision of Health Care: Bibliometric and Scientometric Analysis”, recentemente publicado no Journal of Medicine Internet Research.
De acordo com o professor e investigador do IHMT-NOVA, “esses avanços na telemedicina vão do nível individual ao populacional e global, permitindo lidar com problemas de saúde, prevenção nos cuidados primários e educação de médicos por meio de ensino à distância”.
A inovação metodológica é um dos pontos fortes deste estudo, que utilizou para a análise cientométrica o CiteSpace – um software baseado em Java –, permitindo assim “a visualização de redes colaborativas e temas de investigação num determinado campo da ciência”, esclareceu o co-autor do artigo.
“Com este estudo, descobrimos que a atividade de investigação aumentou bastante na última década”, frisou o especialista acrescentando que os trabalhos mais importantes foram “realizados por instituições localizadas em países de alta renda”, verificando-se uma evolução para áreas como telestroke, teledermatologia, telepsiquiatria, cuidados primários e saúde global.
Tal como enumerou, as inovações mais importantes foram, por ordem decrescente, “a saúde pública ambiental, psiquiatria, pediatria, políticas e serviços de saúde, enfermagem, reabilitação, radiologia e farmacologia”, importando ainda destacar a existência de “algumas lacunas na literatura, nomeadamente sobre o uso da telemedicina em países de baixa e média renda, onde nós actuamos e sobre o qual publicamos”. Não obstante, “vislumbra-se já um progresso exponencial devido à COVID-19”, sublinhou.
“Estamos muito felizes por este artigo publicado num jornal de topo na área da investigação em Medicina Digital e Telemedicina, em colaboração com colegas Suiços, Ingleses e Brasileiros”, afirmou Luís Lapão.
Para mais informações sobre o tema, consulte aqui o artigo.