O Diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade NOVA de Lisboa (IHMT NOVA), Professor Doutor Filomeno Fortes, participou como orador no 12.º Fórum da Parceria Europa-Países em Desenvolvimento para Ensaios Clínicos (EDCTP), que decorre entre os dias 15 e 20 de junho de 2025, em Kigali, Ruanda.
A intervenção do Professor Doutor Filomeno Fortes integrou-se na conferência “PLICIB – Plataforma Lusófona para a Investigação Clínica e Inovação Biomédica”, organizada pela Agência para a Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), de Portugal, sob a coordenação do Doutor Carlos Almeida Pereira. O evento destacou o plano científico de atividades da PLICIB, uma iniciativa multilateral que visa reforçar a cooperação entre países lusófonos na área da investigação biomédica e dos ensaios clínicos.
Na sua apresentação, o Diretor do IHMT-NOVA destacou o contributo científico e estratégico de Portugal na criação da PLICIB, sublinhando a importância da partilha de conhecimento, da capacitação institucional e da promoção de redes de investigação em saúde entre os países de língua portuguesa, com especial destaque para o seu alinhamento com o Plano Estratégico para a Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (PECS-CPLP). “A PLICIB representa uma oportunidade única para posicionar a lusofonia como uma comunidade científica ativa e inovadora na área da saúde global”, afirmou o Professor Doutor Filomeno Fortes.
A conferência contou ainda com intervenções do Professor Doutor Miguel Viveiros, Subdiretor do IHMT NOVA, abordando o plano científico da PLICIB no âmbito da EDCTP, bem como do Dr. Francisco Saúte, Diretor do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), em Moçambique, e do Dr. Baltazar Cá, do Instituto Nacional de Saúde da Guiné-Bissau, que apresentaram os contributos dos respetivos países para o plano de atividades da PLICIB, evidenciando projetos colaborativos em doenças infecciosas, formação avançada e desenvolvimento de infraestruturas de investigação.
O 12.º Fórum do EDCTP é um dos mais relevantes encontros internacionais dedicados à investigação clínica em África, reunindo investigadores, destacando-se inúmeros investigadores dos países africanos de língua portuguesa, bem como decisores políticos e instituições financiadoras para debater os desafios e oportunidades na luta contra doenças infecciosas e negligenciadas. A presença lusófona reforça o compromisso dos países de língua portuguesa com uma agenda de saúde mais equitativa, baseada na ciência e na cooperação internacional.