Ano: 1958
Dimensões: Escultura: A 3,75m | Pedestal: A 2,05m x 1,25 m
Museu (N.º Inventário): IHMT.0001174
No exterior, a receber o visitante do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, está a estátua em bronze representando Garcia de Orta, sobre um pedestal cilíndrico em pedra. Garcia de Orta (1501-1568) médico português do Renascimento é uma personalidade fundamental e tutelar para a história da Medicina Tropical. Com ascendência judia, nasceu em Castelo de Vide, estudou medicina em Salamanca e Alcalá, ensinou e foi médico em Lisboa, embarcando para a Índia em 1534.
Na India exerceu medicina e alcançou grande prestígio. Escreveu os “Colóquios dos Simples e Drogas e Coisas Medicinais da Índia …”, de 1563, uma obra basilar para a medicina nos trópicos, onde estuda, acrescenta, verifica ou contradiz os autores clássicos. “Como testemunha de vista”, Orta revela-nos exemplares da flora asiática e é pioneiro na descrição de patologias tropicais e dos tratamentos com plantas exóticas.
Na estátua, Garcia de Orta, de corpo inteiro e traje seiscentista, segura na mão direita um ramo, que poderá ser de canela e com a mão esquerda ampara um exemplar dos “Colóquios”. A estátua é da autoria de Martins Correia (1910-1999), foi executada na Fundição de Bronzes de Arte, de José de C. Guedes Lda – Vila Nova de Gaia, e recentemente (2017) limpa e restaurada. O pedestal invoca a homenagem do Instituto e a data da inauguração, em Setembro de 1958, quando dos XVI Congressos Internacionais de Medicina Tropical e Paludismo, três meses antes da inauguração formal do edifício.