As doenças tropicais negligenciadas incluem um conjunto de doenças que ocorrem predominantemente nos países em desenvolvimento e são responsáveis por elevada morbilidade e mortalidade.
Além das consequências na saúde das populações, estas doenças replicam, nas populações atingidas (normalmente, as mais desfavorecidas), ciclos de pobreza, de desenvolvimento deficitário na infância, impacto negativo nas taxas de fertilidade e natalidade, e na produtividade.
A estas doenças estão ainda associadas a falta de interesse das autoridades competentes, a ausência de investimento na área da investigação e do desenvolvimento de novas moléculas para o tratamento ou cura.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, existem 17 doenças tropicais negligenciadas: dengue; raiva; tracoma; úlcera de Buruli; bouba; hanseníase; doença de Chagas; doença do sono; leishmaniose; teníase e neurocisticercose; dracunculose; equinococose; trematodíases de origem alimentar; filariose linfática; oncocercose (cegueira dos rios); schistosomose; e helmintíases transmitidas pelo solo.