Vinte e quatro profissionais de ensino e investigação em saúde, de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, participaram entre os dias 7 e 11 de dezembro no workshop de Escrita de artigos Científicos organizado pelo IHMT, sob coordenação da subdiretora Maria do Rosário Oliveira Martins, e em colaboração com o Centro de Estudos Avançados em Educação e Formação Médica (CEDUMED) da Universidade Agostinho Neto, em Angola, e a Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.
O curso, financiado pelo Programa Especial para a Investigação e Formação em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde (TDR), teve como objetivo capacitar acerca de todo o processo de escrita e publicação de artigos científicos, tendo como finalidade a submissão de um artigo no prazo de seis meses seguintes à sua frequência.
Laércia de Carvalho, médica e sub-coordenadora do programa de luta contra o paludismo da Guiné-Bissau enaltece a importância da formação: “foi positiva. Pela primeira vez, tive oportunidade de participar num curso de escrita científica, e aprendi bastante”.
Questionada sobre como pensa pôr em prática os conhecimentos adquiridos, Laércia responde: “irei transmitir tudo o que aprendi aos meus colegas, durante os dias do workshop, quando retornar ao meu país”.
Já outro formando, Manuel Lemos (foto da esq.), médico angolano, viu o workshop como uma oportunidade “de aprender a escrever um artigo científico”.
Hélio Mucavele, investigador júnior do centro de investigação de Manhiça de Moçambique, diz que serão úteis os conhecimentos adquiridos para sua carreira na área da investigação: “Vai dar-me uma bagagem para começar a minha carreira como investigador”. Acrescenta que a formação permitiu fazer contactos e conhecer outras realidades. “Foi uma oportunidade para conhecer colegas e estabelecer ligações com outros países”.
Isabel Inês, doutorada em Ciências Biomédicas e professora na Universidade de Cabo Verde, acredita que o workshop possibilita criar mais redes de colaboração entre Portugal e os PALOP na área da investigação em saúde. “Espero que daqui possam surgir novas redes de colaboração e investigação conjunta tanto com investigadores de Portugal, como dos PALOP”.
Por outro lado, Isabel Inês espera partilhar os conhecimentos adquiridos com os colegas que não tiveram a oportunidade de participar na formação.