Um artigo publicado na revista “Infection, Genetics and Evolution”, coordenado pela investigadora do IHMT Ana Abecasis, e que conta entre os autores com Anne-Mieke Vandamme, Jorge Varanda, João Dinis Sousa e Andrea-Clemencia Pineda-Peña, investigou, pela primeira vez, a contribuição de Angola na propagação inicial do VIH-1 e concluiu que aquele país teve um importante papel na disseminação inicial do vírus, estando no seu epicentro juntamente com a República Democrática do Congo e República do Congo.
De acordo com os autores, a migração do vírus para Angola pode dever-se ao facto de, naquela época, muitos angolanos viverem em Kinshasa, local onde surgiu o vírus. Para avaliar a disseminação do VIH-1, foi realizada uma análise filogeográfica.
Aos investigadores do IHMT, juntaram-se os autores Kristof Theys, do Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade de Leuven, na Bélgica; Inês Bártolo, do Instituto de Investigação do Medicamento, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa; Thomas Leitner, do Theoretical Biology and Biophysics Group, do Los Alamos National Laboratory, nos Estados Unidos da América; e Nuno Taveira, do Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz, do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.
A investigação foi financiada pelo Bio-Molecular and Epidemiological Surveillance of HIV Transmitted Drug Resistance, Hepatitis Co-Infections and Ongoing Transmission Patterns in Europe (BEST HOPE); pela L’Oréal Portugal, através da iniciativa Medalhas de Honra para as Mulheres na Ciência; pela Fundação para a Ciência e Tecnologia; e pela National Endowment for the Humanities Collaborative Research Grant.
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