No âmbito do Projeto “IANDA Guiné Saúde” e no contexto do desenvolvimento da pandemia COVID-19, decorreu no dia 15 de janeiro o 2º webinar dedicado à “COVID-19 em meio hospitalar”. O evento contou com a participação online dos especialistas Kamal Mansinho e Tomás Lamas para abordar a segurança hospitalar e os cuidados intensivos em COVID-19. A moderação da sessão esteve a cargo de Filomeno Fortes, diretor do IHMT-NOVA, e de Luís Sambo, professor catedrático convidado do IHMT-NOVA.
Kamal Mansinho, infeciologista e professor do IHMT-NOVA, deu início ao debate partilhando a sua experiência na área da segurança hospitalar em COVID-19. De acordo com o especialista “as instituições de saúde hospitalar de alguns países de expressão portuguesa, por vezes, estão fragmentadas em várias unidades de cuidados de prestação assistencial, com níveis de prestação diferentes”. Apesar do número de casos em África apresentar um crescimento menos acelerado em comparação com o continente europeu e americano, o aumento acelerado e exponencial do número de novos casos de COVID-19 constatado e referido pela Organização Mundial de Saúde, exige medidas rápidas. As respostas devem ser concertadas e integradas, para que falhas que alguns países experienciaram em vagas anteriores possam ser evitadas. Consulte a apresentação do médico Kamal Mansinho.
Com o intuito de contribuir para o conhecimento dos profissionais no que aos cuidados intensivos diz respeito, Tomás Lamas, especialista em Medicina Intensiva e Medicina Interna do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, focou a sua intervenção e partilhou a sua experiência em “como fazer medicina intensiva com recursos limitados”, salientando as principais características e necessidades das unidades de cuidados intensivos, nomeadamente em “recursos financeiros, infraestruturas e equipamentos, assim como recursos humanos”. O especialista salientou ainda a TELE ICU como estratégia de monitorização de doentes, sublinhando a importância de “uma boa comunicação entre os profissionais de saúde, com os doentes e com a família, sem esquecer a comunicação entre os doentes e a família”. Consulte a apresentação do médico Tomás Lamas.