Data: c. 1930
Dimensões: Profundidade 2,5cm X A 22,5cm X L 17cm
Museu (N.º Inventario): IHMT.0000040
Modelo em escala muito aumentada (cerca de 2000 X) do protozoário Trypanosoma brucei, que provoca a doença do sono humana, também conhecida nos animais como nagana e surra. Foi descrito pela primeira vez por David Bruce, em 1896, embora antes já outros cientistas tivessem referido tripanosomas infetantes.
Estes parasitas – Trypanosoma: T. brucei gambiense, T. brucei rhodesiense e T. brucei brucei, são fusiformes, longos e delgados ou largos e mais curtos, ou ainda intermédios. A forma longa tem um comprimento de cerca de 30 – 40 µm. Apresentam um longo flagelo na extremidade anterior do corpo celular e uma membrana saliente, ondulantes. Em preparações sanguíneas a fresco, os parasitas deslocam-se rapidamente entre as células hemáticas.
A mosca tsé-tsé (Glossina sp.) é o animal vector da doença. Após uma refeição sanguínea infetada com o parasita, este sofre várias transformações até atingir as formas metacíclicas infetantes, que serão depois inoculadas pela picada do inseto, num outro mamífero, humano ou animal, completando-se assim o ciclo de contágio. No homem ou no animal reservatório o parasita multiplica-se e tem capacidade de ultrapassar a barreira vascular causando febre, anemia, letargia e frequentemente a morte.
O modelo, num termoplástico celuloide, apoia-se por haste metálica numa base de madeira. Tem etiqueta com a inscrição “PARASITISME / TRYPANOSOMA GAMBIENSE / (Infusoire flagellé monomastigien) / Parasite du sang, inoculé par la mouche Tsé-tsé, / cause de la maladie du sommeil / Grossissement 2000 diamètres environ”. Com provável fabrico francês, uma etiqueta metálica indica o importador- vendedor, “PIMENTEL & CASQUILHO Lª / – LISBOA –“.
Foi utilizado para o ensino na Escola e no Instituto de Medicina Tropical.