Data: c.1957
Dimensões: Alt. 12cm. Diam. 3,8cm
Inventário Museu IHMT.0000130
Exemplar proveniente da Guiné-Bissau. Integra a Coleção de Nutrição do Museu do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
O óleo de palma, azeite ou óleo de dendém, como também é designado, é extraído do fruto da palmeira Elaeis guineensis, ou palmeira dendém, originária da África Ocidental, mas hoje igualmente presente noutros continentes como na América do Sul – Brasil, onde foi introduzida no século XVI, na Colômbia e no Equador, ou também na Ásia, na Malásia e Indonésia, os dois países que ocupam atualmente os lugares de topo enquanto produtores mundiais de óleo de palma.
A produção do óleo de palma tem elevada rendibilidade, que ronda as 6 toneladas de óleo por hectare de plantação de palmeiras, uma taxa dez vezes superior à de outras oleaginosas vegetais, mas, este facto, levanta problemas na gestão das áreas para plantação da palmeira dendém, em substituição das florestas indígenas e com prejuízo no equilibro dos habitats da flora e fauna.
Com conservação fácil e resistente ao ranço, a principal utilização do óleo de palma tem sido na gastronomia e na indústria alimentar, embora também seja usado para cosméticos, na produção de sabões e velas, de artigos vulcanizados e até como lubrificante e combustível.
É bem conhecida a moamba da culinária angolana, ou o chabéu na guineense e o vatapá da cozinha baiana e nordeste brasileiro, todos utilizando o óleo de palma como ingrediente essencial na sua confeção.
O óleo é rico em vitaminas A e E, fatores importantes na nutrição humana, contudo, tem um elevado nível de gorduras saturadas, potencialmente cancerígenas, o que, na última década, gerou controvérsias acerca da sua utilização na alimentação, motivo de alertas de várias autoridades de Saúde e de Segurança Alimentar, com a consequente reformulação de alguns produtos da indústria, que o utilizavam, e a obrigatoriedade da sua referência nos rótulos das embalagens.