Data: c.1946
Dimensões: A.81,50 cm X L.61 cm
Museu (N.º Inventário): IHMT.0000750
Cartaz com impressão policromática, em papel sobre cartão, alusivo à lepra. Pertence a uma coleção de 12 cartazes, relativos a higiene, cuidados básicos de saúde e doenças tropicais.
Neste painel, representam-se um leão e um leproso, em ilustração comparativa do “facies leonino” e das mãos em garra, que são deformações típicas da doença em fase evoluída.
A lepra é uma das patologias cuja caracterização e identidade remontam a épocas mais antigas – 2º milénio a.C. e tem associada uma pesada conotação religiosa e de exclusão social, decorrente das deformidades e mutilações que provoca, outrora interpretadas como um castigo divino resultante de uma vida desregrada e pecaminosa. É hoje reconhecida como uma doença infeciosa cujo agente, o bacilo de Hansen, só foi identificado em 1874. Pesem embora os vários esforços internacionais para a sua erradicação, a doença, se bem que atualmente mais limitada geograficamente e com possibilidades terapêuticas mais eficazes, continua ainda a afligir, em particular, alguns países da “faixa tropical” nos continentes africano, asiático e sul americano.
Nos textos do cartaz, em árabe, lê-se: no canto superior esquerdo – Ministério da Saúde Pública / Serviço de Saúde Social / Departamento de Promoção da Saúde; sob o leão, ao lado direito – Um doente com Lepra / (a doença do leão); junto ao bordo inferior, a toda a largura – “Podemos salvá-lo, tratando-o e colocando o de quarentena em locais específicos”, no canto inferior direito: Mofid Jaid / 1946, que permite datar o cartaz.
(JLD)