- Autores: Jeremias Salomão Chone, Shirley Verônica Melo Almeida Lima, Inês Fronteira, Isabel Amélia Costa Mendes, Ahmed Nabil Shaaban, Maria do Rosário Oliveira Martins, Álvaro Francisco Lopes Sousa
- Ano de Publicação: 2021
- Journal: Revista Latino-americana de Enfermagem
Objetivo: investigar os fatores associados à prática do sexo sob o efeito de drogas (chemsex) entre homens que fazem sexo com homens (HSH) portugueses durante o período de distanciamento social pela COVID-19.
Método: inquérito on-line aplicado em maio de 2020 a uma amostra de 1301 participantes residente em Portugal recrutados pelo método Respondent Driven Sampling na rede social Facebook®. Realizaram-se as análises
descritiva e bivariada e a regressão logística para o cálculo dos Odds ratio ajustado (ORa).
Resultados: a prevalência de chemsex foi de 20,2%. A chance de praticar chemsex aumentou com: o sexo grupal (ORa: 28.4, IC95% 16.93 – 47.49); o não uso de preservativo (ORa: 7,1 IC95% 4,57 – 10,99); fazer uso
da profilaxia pré-exposição (PrEP) como medida protetiva para a COVID-19 (ORa: 4,2, IC95% 2,71 – 6,39) e realizar teste para a COVID-19 (ORa: 1,9, IC95% 1,15 – 3,10).
Conclusão: a prática de chemsex entre homens que fazem sexo com homens, no período da pandemia da COVID-19 em Portugal, foi elevada e pode fornecer subsídios para entender o papel e o impacto que as relações sexuais possuem nas taxas de transmissão e na atual situação pandêmica no país.