O Global Health and Tropical Medicine (GHTM), do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, apresentou a demonstração virtual “Reemergência das espiroquetas: que implicações na Saúd Global?” no âmbito do Encontro de Ciência 2020, que decorreu nos dias 3 e 4 de novembro.
As leptospiras e borrélias são as espiroquetas responsáveis pela leptospirose e borreliose de Lyme, doenças reemergentes no mundo global. A exposição humana a estas bactérias em atividades profissionais e de lazer é uma preocupação crescente, também em Portugal. Assim, importa incrementar a investigação de novas abordagens diagnósticas de modo a evitarem-se situações no âmbito da saúde, por vezes, irreversíveis.
Inúmeras doenças em mamíferos, incluindo humanos, são causadas por espiroquetas, um grupo de bactérias com caraterísticas muito distintas das restantes, desde logo pela sua morfologia e motilidade. Presentemente, observa-se uma acentuada reemergência de leptospiras (agentes da leptospirose) e de borrélias, designadamente as do complexo Borrelia burgdorferi (agentes causais da borreliose de Lyme), situação a que não serão alheias as atuais alterações climáticas, dado o seu carácter zoonótico.
Em Portugal, estão identificadas diversas espécies patogénicas quer de leptospiras quer de borrélias, a par de uma grande diversidade de roedores e carraças, pelo que devemos estar cada vez mais atentos às espiroquetas, que estão, por vezes, mesmo ao nosso lado.
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