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Home / Noticias / Resposta à pandemia de Covid-19 num contexto de desigualdades sociais em saúde: um estudo transversal na população nativa e imigrante da Amadora

Resposta à pandemia de Covid-19 num contexto de desigualdades sociais em saúde: um estudo transversal na população nativa e imigrante da Amadora

8 Setembro, 2020

A professora catedrática do IHMT-NOVA, Maria do Rosário de Oliveira Martins, foi entrevistada pelo jornal Diário de Notícias, num artigo publicado a 5 de setembro com o título “Efeitos da pandemia penalizam mais os imigrantes, também em Portugal”, no âmbito do estudo “Resposta à pandemia de Covid-19 num contexto de desigualdades sociais em saúde: um estudo transversal na população nativa e imigrante da Amadora”. Ler o artigo do DN.

O estudo em causa foi selecionado para financiamento pela FCT no âmbito Research 4 Covid-19- Apoio especial a projetos de implementação rápida para soluções inovadoras de resposta à pandemia de COVID-19

Investigador Principal: M Rosário Oliveira Marins, Professora Catedrática, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade NOVA de Lisboa

Centro de Investigação: Saúde Global e Medicina Tropical

Parceiros: ACES Amadora e AJPAS (ONG)

ENQUADRAMENTO

Sabemos de estudos noutros países que a Covid-19 está a expor de forma impiedosa as desigualdades em saúde existentes e persistentes na nossa sociedade. Neste contexto, os sistemas de saúde devem estar preparados para as necessidades decorrentes das transformações económicas e sociais causadas pela pandemia. A preocupação em Não Deixar Ninguém para Trás em tempos de pandemia exige que se inclua explicitamente os imigrantes e as suas necessidades nas respostas de saúde publica à Covid-19.

Um estudo anterior, financiado pelo programa FAMI (Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração) e realizado pelo IHMT-UNL em conjunto com o ACES Amadora e Hospital Amadora Sintra, que segue desde 2018 um conjunto de 420 famílias nativas e imigrantes da Amadora, mostrou, entre outros, que as famílias imigrantes (maioritariamente de Cabo-Verde, Angola, Brasil, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe) têm maior precariedade no emprego, rendimentos medianos inferiores, menores gastos em saúde, e vivem em casas mais sobrelotadas do que as nativas.

OBJECTIVOS:

Existindo pouca evidência sobre a forma como a pandemia está a afetar a população imigrante em Portugal, o objetivo deste estudo foi o de analisar as dinâmicas socioeconómicas, as preocupações e as dificuldades no acesso aos cuidados de saúde destas 420 famílias (das quais 217 são Imigrantes) em tempos de pandemia.

COMO FOI REALIZADO O ESTUDO?

Foram realizadas entrevistas telefónicas através de um questionário com perguntas fechadas divididas em 3 secções: alterações na privação material, rendimento e emprego; dificuldades no confinamento social; dificuldades acrescidas no acesso aos cuidados de saúde.  Estiveram envolvidos neste estudo 7 entrevistadores, profissionais de saúde de Portugal, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe, quase todos alunos de Mestrado e Doutoramento do IHMT-UNL; 3 investigadores do IHMT, uma medica de saúde publica do ACES Amadora e vários membros da ONJ AJPAS.

QUEM PARTICIPOU E QUANDO?

A população-alvo foram 420 famílias (217 Imigrantes e 203 nativas) residentes na Amadora. Das 217 famílias Imigrantes, 80 são originárias de Cabo-Verde, 35 de Angola, 33 do Brasil, 27 da Guiné-Bissau, 21 de S. Tomé e Príncipe, 4 de Moçambique, e 17 famílias de outros países.

As entrevistas foram realizadas entre 26 de junho e 31 de julho de 2020.

QUE TIPO DE INTERVENÇÃO FOI FEITA NO CURTO-PRAZO?

Sempre que foram Identificadas Dificuldades de Acesso estas foram reportadas ao ACES que tentou dentro das restrições existentes resolver a situação

Sempre que foram identificados casos sociais preocupantes estes foram reportados a AJPAS que contactou diretamente as famílias e propondo soluções

Sempre que se identificaram casos de doentes com covid-19 com uma situação socioeconómica complexa estes foram reportados à unidade de saúde publica do ACES Amadora para uma intervenção direta no domicilio destas famílias

RESULTADOS PRELIMINARES

A taxa de resposta nas famílias Imigrantes foi idêntica à das nativas: cerca de 70%.

  1. Alterações na privação material, rendimento e emprego resultantes da pandemia

Do total dos entrevistados que tinham emprego antes da pandemia, 46% teve que ficar sem trabalhar e sem receber ordenado ou uma parte do ordenado durante algum tempo, sendo esta percentagem consideravelmente superior nos Imigrantes ( 57% versus  35% nos nativos); para mais de metade das famílias o rendimento mensal do agregado familiar diminui,  valor este mais elevado nos Imigrantes em que 72% reportou que o rendimento mensal do seu agregado familiar diminuiu devido à situação da pandemia versus 49% dos nativos.

Devido à pandemia, cerca de 30% dos agregados familiares referem que tiveram que adiar o pagamento de rendas, prestação de crédito ou despesas correntes (contas de agua, gaz e luz), valor este consideravelmente superior nos Imigrantes (39%) do que nas famílias nativas (23%).

  1. Dificuldades no confinamento social

Em relação às dificuldades vividas durante o confinamento, cerca de metade das famílias refere que os seus filhos tiveram aulas à distância, mas são sobretudo as famílias de Imigrantes (20%) que referem não ter um local em casa para que os filhos possam ter aulas à distância; cerca de 8% dos inquiridos Imigrantes e 3% dos nativos referem que os seus filhos tiveram que ir à escola fazer uma refeição.

Cerca de 70% dos imigrantes inquiridos neste estudo refere que no ultimo mês se sentiu mais nervoso/ansioso, contra 62% dos nativos.

  1. Dificuldades acrescidas no acesso aos cuidados de saúde devido a pandemia

Cerca de metade das famílias refere que alguém do seu agregado teve que ir ao centro de saúde desde o inicio da pandemia e destes 35% teve dificuldades acrescidas no acesso aos cuidados de saúde devido à situação da covid19 (sem diferenças entre nativos e imigrantes); Houve mais imigrantes a referir que alguém da sua família teve que ir as urgências no ultimo mês (32% vs 27%);  quanto  às dificuldades de  acesso, dos imigrantes que foram às urgências, quase metade (46%) menciona ter tido dificuldades acrescidas devido à pandemia, valor consideravelmente superior ao dos nativos em que este valor é apenas 12% .

19 % dos cuidadores de famílias nativas relatam que deixaram de vacinar as suas crianças devido à pandemia versus apenas 5% dos imigrantes.

Os casos sociais muito graves identificados pelo estudo foram muito mais frequentes nas famílias de Imigrantes, sobretudo dos oriundos da Africa lusófona.

Em resumo: Este é o 1º estudo em Portugal que fornece evidência sobre como a pandemia afetou e está a afetar as famílias imigrantes quando comparadas com as nativas; os resultados sobre o impacto social e económico da pandemia nas famílias é o já referido noutros estudos em Portugal (nomeadamente nos barómetros): mais desemprego, menores rendimentos, dificuldades em pagar rendas, prestação de crédito ou despesas correntes, maiores dificuldades de acesso aos cuidados de saúde; aquilo que este estudo acrescenta é a dimensão das desigualdades em saúde, na perspetiva da imigração como determinante social. Nos agregados familiares imigrantes os efeitos económicos e sociais da pandemia aparecem exacerbados: por exemplo, em cada 20 dos entrevistados imigrantes 12 refere ter ficado sem trabalhar e sem o ordenado ou parte do ordenado, versus apenas 7 dos nativos; por outro lado, 15 em cada 20 agregados familiares imigrantes viu o seu rendimento mensal diminuir, versus 10 em cada 20 nativos.

Conhecendo a importância que os determinantes sociais e económicos têm na saúde das populações, os cuidados de saúde nos próximos tempos têm que estar preparados não só para receber os casos crescentes de covid-19 mas também para enfrentar as necessidades decorrentes das transformações económicas e sociais causadas pela pandemia em particular neste grupo populacional que são os imigrantes.

Os dados recolhidos vão ser de seguida analisados com recurso a técnicas estatísticas multivariadas com base nas quais se vão criar scores de risco social acrescido em tempo e pandemia. E fundamental continuar a fazer o seguimento destas famílias com o apoio das ONGs para que se possam mitigar os efeitos desta crise económica e social, intervindo precocemente quer a nível dos adultos quer a nível das crianças.

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