Os investigadores do centro de investigação GHTM do IHMT, Paulo Ferrinho, Ricardo Parreira e Vítor Laerte Pinto Júnior, em colaboração com um investigador do Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte, publicaram um artigo, na última edição da Acta Médica Portuguesa, onde alertam para a possibilidade do aumento da mortalidade associada à maior circulação do vírus Zika, em função da indisponibilidade de kits de diagnóstico comerciais e da dificuldade no diagnóstico diferencial.
O vírus Zika sofreu, na última década, uma disseminação notável da Ásia e do Oceano Pacífico para as Américas, tendo uma evolução semelhante a outros flavivírus (dengue, febre-amarela, Nilo Ocidental). Uma vez que ocorre em áreas onde já se observa a transmissão de diferentes serotipos da dengue, poderão aumentar os erros de diagnóstico.
“Apesar do caráter aparentemente benigno da doença, complicações potencialmente fatais como a Síndrome de Guillain-Barré despontam como nova problemática a ser considerada na atenção aos indivíduos acometidos pela doença em áreas de transmissão ativa”, referem os autores, salientando também a necessidade de haver mais estudos sobre a dinâmica da transmissão.
Refira-se que a transmissão ocorre pela picada de mosquitos do género Aedes. Já foram descritos casos de transmissão por via sexual, perinatal e hemotransfusão, mas a importância epidemiológica destes mecanismos ainda é desconhecida.
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