A Comissão Europeia publicou em fevereiro de 2020, em sintonia com os princípios da transparência, um relatório sobre o uso de animais em experiências científicas, médicas e veterinárias entre 2015 e 2017 em países da União Europeia.
Em Portugal foram utilizados 40.998 animais em laboratório em 2017. Os roedores estão no topo da lista, foram utilizados 35 mil murganhos e cerca de três mil ratos. No mesmo ano, foram ainda utilizados 1.699 peixes, 450 cefalópodes, 120 aves, 155 porcos, 36 coelhos e 12 ovelhas. No que se refere à União Europeia no global, o número total de animais usados para investigação científicas, médicas e veterinárias fixou-se nos 9,39 milhões em 2017, como sintetiza a notícia do jornal Público.
No comunicado em que divulga o relatório da Comissão Europeia, a European Animal Research Association (EARA) esclarece que o número total da União Europeia “é composto por animais usados em pesquisas básicas e complexas, em estudos para garantir a segurança de medicamentos e outros produtos e também para fins educacionais”.
No biotério de roedores do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, segundo dados internos, em 2019, foram utilizados em projetos de investigação, diagnóstico, formação e treino, cerca de 750 murganhos, 50 ratos, 75 cobaios e 8 coelhos.
A utilização destes animais para fins científicos no IHMT foi submetida à avaliação pelo ORBEA-IHMT, tendo posteriormente sido autorizados pela DGAV no âmbito dos diferentes projetos, cujos principais objetivos são:
- Manutenção de colônias de vetores, nomeadamente mosquitos Anofelinos
- Infeção experimental com plasmódio, leishmania e tripanossomas.
- Manutenção de linhas de helmintas para diagnóstico e formação/ treinamento
- Estudos de eficácia terapêutica em Plasmodium chabaudi
- Estudo funcional de genes envolvidos nas infeções por carraças
Todos os animais são mantidos nas condições adequadas à espécie, sendo os procedimentos realizados por pessoas treinadas e creditadas, de acordo com protocolos bem estabelecidos que cumprem as leis e diretrizes nacionais e europeias, baseadas nos princípios dos 3Rs para um uso cada vez mais consciente e ético dos animais em investigação.
Consulte os relatórios da Comissão Europeia: