Ano: 1944
Dimensões: Recipiente: Altura – 16cm, Largura 19,5 cm, Fundo 8 cm
Museu (N.º Inventário): IHMT.0000066
Cerca de 1940-50 houve a intenção de se produzirem no Instituto de Medicina Tropical soros antiofídicos e vacinas, destinados às antigas colónias. Com esse horizonte, aproveitando a missão de estudo da doença do sono que o Instituto fez na Guiné, em 1944, a equipa formada por Fraga de Azevedo, Francisco Cambournac e Manuel Pinto, recolheu várias espécies de serpentes, conforme relata um artigo dos Anais do IMT (II: 38-41,1945).
A classificação dos ofídios capturados foi então feita por Fernando Frade (1898-1983) e foi agora revista por Mariana Marques do Museu de História Natural e da Ciência.
A Coleção de Ofídios do IHMT possui 17 exemplares provenientes daquela missão à Guiné. Representa-se a Psammophis sibilans (Linné, 1758) da família das Colubridae, com 133 cm de comprimento (Nome comum em inglês: striped sand snake – cobra listrada da areia ou ainda Hissing Sand Snake – cobra assobiadora da areia).
O género Psammophis, contem 34 espécies de que a sibilans é uma delas. Encontra-se em quase toda a África, sobretudo a Norte da área desértica do Namibe – Kalahari, bem como na Ásia. É um animal diurno, de olhos grandes e pupila redonda e uma das serpentes mais ágeis e rápidas. Alimenta-se principalmente de pequenos répteis e roedores e, embora venenosa, o seu veneno é considerado moderado e não perigoso para o homem – Fernando Frade classificou-a como não venenosa.