Data – c 1957
Dimensões: A. 8 cm; L. 5 cm (aprox.)
Inventário Museu: IHMT.0000151
Candja é a designação em crioulo para o quiabo (Abelmoschus esculentus ou Hibiscus esculentus), uma planta da família Malvacea, comum na alimentação indígena da Guiné-Bissau. Na etnia fula toma o nome de tacu; em mandinga é ná; para os beafadas, mandaga; os nalús chamam-lhe netantiron.
O fruto é uma vagem alongada, de cápsula fibrosa, cheio de sementes redondas. Na variante local é habitualmente mais curto e mais largo do que o quiabo conhecido nos mercados europeus. É rico em vitamina A e algumas vitaminas B, rico também em fibra, mas pouco calórico.
A planta é geralmente cultivada em pequenas hortas, junto das habitações.
É muito utilizado na alimentação dos povos da Guiné-Bissau, em especial da etnia Fula, que utilizam quer o fruto fresco quer depois de cozinhado, a acompanhar o arroz. Também, por vezes, utilizam as folhas da planta e o fruto seco, triturado no pilão.
A candja é igualmente um dos ingredientes da composição do “mafé”, um condimento usado na culinária africana.
O exemplar representado, do fruto seco com algumas sementes no interior, é proveniente da Guiné e pertence à coleção de Nutrição do Museu do IHMT.