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Home / Noticias / Webinar COVID-19: “Os coronavírus identificados até ao momento surgiram há 10 mil anos”

Webinar COVID-19: “Os coronavírus identificados até ao momento surgiram há 10 mil anos”

23 Julho, 2020

“O Vírus e as suas especificidades” foi o tema do webinar de estreia da 1ª série de webinares intitulada “O que sabemos sobre a COVID-19”, desenvolvida numa parceria entre o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT NOVA) e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

O encontro online foi pensado para elucidar sobre as caraterísticas do novo coronavírus, formas de contágio e o que o distingue de outros coronavírus. Esta sessão virtual reuniu João Piedade e Celso Cunha, ambos virologistas e professores no IHMT NOVA, num debate moderado por Filomeno Fortes, director do IHMT NOVA, e Alexandre Lourenço, presidente da APAH. O Webinar decorreu no dia 8 de maio.

Incidindo a intervenção nos aspectos filogenéticos, genéticos e biológicos da família dos coronavírus, João Piedade começou por dizer que a família Coronaviridae é “complexa”, sendo constituída por “duas subfamílias, cinco géneros e cerca de 46 espécies de vírus”. De acordo com o especialista, o nome desta família advém do prefixo corona, porque “quando observamos as partículas víricas por microscopia electrónica, estas aparentam estar cobertas por pequenas espículas que nos fazem lembrar uma coroa”.

Surto de SARS-CoV, em 2002, “renovou o interesse no aprofundamento do estudo desta família de vírus”

Dado que as infeções por coronavírus em humanos estavam apenas associadas a constipações sazonais sem relevância clínica, “os coronavírus que afetam as espécies com valor económico eram os mais investigados”, como por exemplo o coronavírus bovinos (BCoV). “Com o surgimento do primeiro vírus epidémico associado ao surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV)”, em 2002, “renovou-se o interesse no aprofundamento do estudo desta família de vírus”, o que João Piedade considera ter sido “essencial” na medida em que “entre 2002 e 2019 surgiram outros dois vírus novos”.

Os coronavírus que infetam a espécie humana pertencem aos géneros alphacoronavírus e betacoronavírus e dividem-se em dois grandes grupos: o grupo dos vírus endémicos, “associados a síndromes gripais ligeiras a moderadas”, e que “contribuem para cerca de 30-40% das síndromes gripais no inverno”; grupo de vírus epidémicos – SARS-CoV (2002), MERS-CoV (2012) e SARS-CoV-2 (2019) – que possuem elevada patogenicidade e “estão associados a taxas de mortalidade mais elevadas”.

“Os morcegos podem ter importância na emergência dos coronavírus humanos”

No âmbito das relações filogenéticas entre os coronavírus, o especialista afirmou que “o género alfacoronavírus não tem associação a vírus epidémicos”, enquanto que o género dos betacoronavírus está subdividido em vários grupos, no qual “os vírus epidémicos SAR-CoV e MERS-CoV têm emparelhamento filogenético diferente”.

Como explicou o virologista, “estes vírus chegaram à espécie humana através de transmissão zoonótica”, sendo provável que “os hospedeiros naturais sejam algumas espécies de morcegos, que podem transmitir os seus coronavírus a espécies intermediárias”, que por sua vez “podem transmitir à nossa própria espécie alguns desses coronavírus”.

Família Coronaviridae “tem um dos maiores genomas de RNA conhecidos”

No que respeita a morfologia, os coronavírus são “partículas esféricas pleomórficas, com um tamanho médio de 100-150 nm de diâmetro, com um invólucro lipídico profusamente preenchido por várias glicoproteinas diferentes”. Entre estas, a mais representada é a glicoproteína Spike, “importante para o reconhecimento de recetores da célula, sendo também grande indutora de resposta imunitária humoral e celular”. No interior da estrutura do invólucro encontra-se “uma nucleocápside de simetria helicoidal, que protege o genoma monomérico de RNA”, acrescentando o virologista que “esta a família tem um dos maiores genomas de RNA conhecidos, atingindo cerca de 30 ribonucleótidos”.

O genoma da família Coronavidae consiste numa “única cópia de RNA, linear, não segmentado, de cadeia simples e polaridade positiva, que codifica cerca de 20-30 proteínas distintas”. Entre elas, João Piedade sublinhou a codificação de proteínas estruturais, na extremidade 3’ do genoma, que têm como objetivo “contornar a resposta imunitária do hospedeiro e algumas respostas do ciclo celular que não são favoráveis à replicação viral”, sendo esta uma capacidade que “na maioria dos vírus não existe”. Na extremidade 5’ encontram-se ORF1a e ORF1b que codificam, respetivamente, a proteinase papaina-like e a protease 3CL, muito relevantes na “clivagem de grandes poliproteínas nas 16 proteínas maduras do vírus”, e uma RNA polimerase e uma helicase que vão ser “determinantes na replicação do vírus”.

O virologista explicou ainda como se processa o ciclo replicativo genérico de um coronavírus. Sucintamente, após o reconhecimento do recetor celular – “a enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2)” – ocorre ativação da maquinaria envolvida na “síntese de proteínas do vírus” que vai permitir a replicação-transcrição do material genético do vírus. Posteriormente, recorrendo à “síntese de proteinas associadas a um compartimento endomembranar ERGIC” da célula hospedeira, sucede-se a “montagem de partículas víricas” que serão exportadas da célula através de “vesículas trans-Golgi” e libertadas para o exterior da célula por exocitose. Já no exterior o vírus pode encontrar novos receptores celulares e iniciar um novo ciclo de replicação, sendo que os receptores ACE2 se encontram “na superfície celular das células epiteliais de órgãos como os pulmões, o intestino delgado, os rins e alguns vasos sanguíneos pequenos do coração”, enumerou.

“Os coronavírus identificados até ao momento surgiram há 10 mil anos”

Por sua vez, Celso Cunha abordou 5 temas principais, designadamente a relação filogenética dos coronavírus, a infeção em humanos e outros animais, assim como a transmissão e aspectos imunológicos do SARS-CoV-2 e da COVID-19.

No início da sua intervenção, o virologista referiu que “há indícios da existência de coronavírus há 55 milhões de anos, o que implica que terão co-evoluído durante muito tempo com as diversas espécies de morcegos e aves que existem no nosso planeta”, um facto que explica que “a dispersão de coronavírus também seja global”. A mais recente linhagem dos betacoronaviros – que inclui o SARS-COV-2 – surgiu há cerca de 5 mil anos.

Sobre a transmissão dos coronavírus Celso Cunha afirmou que “os morcegos são os principais reservatórios naturais de alfa e betacoronavirus”, tendo “o SARS-CoV-2 passado directamente do morcego para o humano”, à semelhança do SARS-CoV na epidemia de 2003, acrescentou.

“O coronavirus é transmitido pelos portadores infectados”, que podem libertar o vírus para o ambiente, não somente através de “gotículas de aerrosóis, mas também pela via fecal-oral”. De acordo com o especialista, “o risco de gravidade de infecção por coronavírus varia muito significativamente”, com infecções que provocam “habituais constipações sazonais” até infecções com “taxas de mortalidade que podem atingir os 30% (MERS-CoV)”. Mais ainda, estima-se que “10 a 15% das constipações são provocadas por coronavírus”.

“Os coronavírus representam também uma grande importância económica na pecuária”

A infeção por coronavírus pode traduzir-se num vasto leque de sintomatologia, desde infeções assintomáticas a sintomáticas, estando entre os principais sintomas “a febre, dores de garganta, os adenoides dilatados e em alguns casos pneumonias e bronquite”. No caso das infeções por coronavírus na pecuária, juntam-se à lista de sintomas “bronquite aviária, diarreia, peritonite e encefalites desmielinizantes”, podendo a infeção de alguns animais por coronavírus “servir como modelo de estudo para outras doenças humanas”, acrescentou.

A informação científica reunida até ao momento demonstra que “a transmissão do SARS-CoV-2 parece ocorrer principalmente após o início dos sintomas, em paralelo com o surgimento do pico das cargas virais”. De sublinhar que “os casos assintomáticos também são transmissores e que podem assumir cargas virais muitas vezes semelhantes aos casos que apresentam sintomas”, sendo este um dado relevante no “controlo da doença”.

“O SARS-CoV-2 é a actual preocupação da humanidade”

São ainda muitas as incertezas sobre a resposta do sistema imunitário humano a este vírus pandémico. Contudo, com base nos estudos sobre imunidade induzida realizados com outros coronavírus, Celso Cunha referiu que “os doentes que tiveram uma resposta imunitária inicial mais forte, quando foram expostos ao vírus após um ano tinham cargas virais mais baixas e sintomas mais atenuados da doença”. Adicionalmente, estudos realizados com SARS-CoV e MERS-CoV demonstraram que “os indivíduos infectados mantiveram titulos de anticorpos na corrente sanguínea durante 2 e 3 anos, respectivamente”. Porém, “a capacidade destes anticorpos neutralizarem o vírus também diminuiu durante o período do estudo”. O especialista frisou também que “a doença que apresenta sintomas leves a ligeiros nem sempre é capaz de desenvolver uma proteção futura”, pelo que “é cada vez mais importante debruçarmo-nos sobre os casos assintomáticos”.

O professor do IHMT termina com uma nota sobre “a potenciação da imunidade provocada por estas infeções”, afirmando que, em alguns casos, “pode exacerbar uma nova infeção, tornando-a ainda mais grave em vez de a mitigar ou prevenir”.

“Um dos obstáculos que provavelmente levaram ao lento processo de desenvolvimento das vacinas contra o SARS-CoV e o MERS-CoV foi precisamente o problema desta exacerbação desta imunidade”, acrescentou Celso Cunha sublinhando que “estes são fatores a considerar nesta fase de “intensa busca de uma vacina eficaz contra o SARS-CoV-2 que possa proteger a população mundial de novas epidemias”.

Saiba mais sobre as especificidades do novo coronavírus e o que o distingue dos restantes membros desta família e assista à discussão destes tópicos no vídeo do webinar.

Consulte a apresentação do virologista João Piedade

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